“É muito bicho pra perseguir”. Peleja e comunicação entre criaturas no Góes-CE.
Esta dissertação é fruto de um trabalho de campo enraizado em dois períodos. O primeiro compreendeu quase todo o primeiro semestre de 2014. Disso brotou minha monografia de graduação. Já o segundo vem compreendendo o primeiro semestre deste ano. Os ambientes que têm fortalecido esse trabalho situam-se em uma comunidade rural do sertão cearense, chamada Góis-Ipueiras-CE. Nesses ambientes, busco o contato com o convívio entre seus habitantes - entre eles, meus avós e outros parentes - para com criaturas tais como cabras, galinhas, cachorros, vacas, e mesmo bichos do mato, como cobras e pássaros. O convívio entre essas criaturas, humanas e não-humanas, como tenho experienciado desde minhas primeiras semanas em campo, é resultado e resulta na troca e consumo mútuo das vidas, dos próprios corpos de animais, parentes, animais de parentes e parentes de animais, que se desgastam, que morrem enquanto nutrem uns aos outros. Essa dissertação é ela mesma um corpo, que forma-se na tentativa de acompanhar atos de criação de/entre criaturas, de seus corpos de carne, de sangue e de sentidos. Esse é um trabalho que busca um olhar atento ao fluxo de trocas, ao convívio e comunicação entre humanos e não-humanos no seio do que se convencionou chamar de sociedades camponesas.
Esta dissertação é fruto de um trabalho de campo enraizado em dois períodos. O primeiro compreendeu quase todo o primeiro semestre de 2014. Disso brotou minha monografia de graduação. Já o segundo vem compreendendo o primeiro semestre deste ano. Os ambientes que têm fortalecido esse trabalho situam-se em uma comunidade rural do sertão cearense, chamada Góis-Ipueiras-CE. Nesses ambientes, busco o contato com o convívio entre seus habitantes - entre eles, meus avós e outros parentes - para com criaturas tais como cabras, galinhas, cachorros, vacas, e mesmo bichos do mato, como cobras e pássaros. O convívio entre essas criaturas, humanas e não-humanas, como tenho experienciado desde minhas primeiras semanas em campo, é resultado e resulta na troca e consumo mútuo das vidas, dos próprios corpos de animais, parentes, animais de parentes e parentes de animais, que se desgastam, que morrem enquanto nutrem uns aos outros. Essa dissertação é ela mesma um corpo, que forma-se na tentativa de acompanhar atos de criação de/entre criaturas, de seus corpos de carne, de sangue e de sentidos. Esse é um trabalho que busca um olhar atento ao fluxo de trocas, ao convívio e comunicação entre humanos e não-humanos no seio do que se convencionou chamar de sociedades camponesas.